Bem vindos ao Portal ADM

O Portal ADM é um blog direcionado à estudantes de administração, economia, gestão de pessoas, contabilidade e cursos afins. Tem como objetivo facilitar no entendimento e nos estudos sobre assuntos comuns trabalhados no ambiente acadêmico.

A estrutura do blog apresenta em seu conteúdo resumos, fotos, vídeos e oportunidades de estágios e concursos.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Gestão da Qualidade Total


A Gestão da Qualidade, inicialmente, estava associada à satisfação do cliente, pelo fato dessa ser a “avaliação” do produto final (ou serviço). Com o passar do tempo foi visto que para atingir a qualidade, as organizações precisam direcionar seus planejamentos estratégicos ao ambiente de mercado atual.

Trata-se de uma estratégia de administração, com o objetivo de buscar a qualidade em todos os processos organizacionais. Uma vez que ela procura atingir inclusive seus stakeholders, ela é abordada como Gestão da Qualidade Total.

A primeira empresa a adotar o conceito de “TQM” foi a Toyota. Hoje é utilizado em empresas de todos os portes e segmentos, com objetivos principais de reduzir custos, satisfazer os clientes e aumentar produtividade. Para implementar tal política, é necessária uma reavaliação periódica.

O motivo de implementar tal estratégia é a busca pela sobrevivência no mercado competitivo. A melhor forma de assegurar a sobrevivência é, de fato, por meio da qualidade. Não da qualidade relacionada à ausência de defeitos, mas sim da forma como conduzir a cultura organizacional fazendo com que todas as transações sejam perfeitamente entendidas e corretamente realizadas e onde os relacionamentos entre funcionários, fornecedores e clientes são bem-sucedidos.


Existem 10 princípios que devem ser obedecidos na aplicação da Qualidade Total. São eles:

1. Total satisfação dos clientes
2. Desenvolvimento de recursos humanos
3. Constância de propósitos
4. Gerência participativa
5. Aperfeiçoamento contínuo
6. Garantia da qualidade
7. Delegação
8. Não aceitação de erros
9. Gerência de processos
10. Disseminação de informações


Para aplicar esses princípios na empresa, na tentativa de obter a Qualidade Total, as organizações utilizam ferramentas de planejamento e aplicação que buscam melhorias contínuas e eliminação de erros. Entre essas ferramentas se destacam:


5S

Os propósitos da metodologia 5S são de melhorar a eficiência através da destinação adequada de materiais (separar o que é necessário do desnecessário), organização, limpeza e identificação de materiais e espaços e a manutenção e melhoria do próprio 5S.

Os 5S são, originalmente, palavras em japonês. Por isso, na tradução colocá-se “Senso de...” para não alterar a sigla 5S. São estas palavras:


Seiri (整理): Senso de utilização. Refere-se à prática de verificar todas as ferramentas, materiais, etc. na área de trabalho e manter somente os itens essenciais para o trabalho que está sendo realizado. Tudo o mais é guardado ou descartado. Este processo conduz a uma diminuição dos obstáculos à produtividade do trabalho.

Seiton (整頓): Senso de ordenação. Enfoca a necessidade de um espaço organizado. A organização, neste sentido, refere-se à disposição das ferramentas e equipamentos em uma ordem que permita o fluxo do trabalho. Ferramentas e equipamentos deverão ser deixados nos lugares onde serão posteriormente usados. O processo deve ser feito de forma a eliminar os movimentos desnecessários.

Seisō (清掃): Senso de limpeza. Designa a necessidade de manter o mais limpo possível o espaço de trabalho. A limpeza, nas empresas japonesas, é uma atividade diária. Ao fim de cada dia de trabalho, o ambiente é limpo e tudo é recolocado em seus lugares, tornando fácil saber o que vai aonde, e saber onde está aquilo o que é essencial. O foco deste procedimento é lembrar que a limpeza deve ser parte do trabalho diário, e não uma mera atividade ocasional quando os objetos estão muito desordenados.

Seiketsu (清潔): Senso de normalização. Criar normas e sistemáticas em que todos devem cumprir. Tudo deve ser devidamente documentado. A gestão visual é fundamental para fácil entendimento de cada norma.

Shitsuke OU Shuukan ()(習慣): Senso de autodisciplina ou hábito,costume. Refere-se à manutenção e revisão dos padrões. Uma vez que os 4 Ss anteriores tenham sido estabelecidos, transformam-se numa nova maneira de trabalhar, não permitindo um regresso às antigas práticas. Entretanto, quando surge uma nova melhoria, ou uma nova ferramenta de trabalho, ou a decisão de implantação de novas práticas, pode ser aconselhável a revisão dos quatro princípios anteriores.

Os principais benefícios da metodologia 5S são:

1. Maior produtividade pela redução da perda de tempo procurando por objetos. Só ficam no ambiente os objetos necessários e ao alcance da mão.
2. Redução de despesas e melhor aproveitamento de materiais. O acúmulo excessivo de materiais tende à degeneração.
3. Melhoria da qualidade de produtos e serviços
4. Menos acidentes do trabalho.
5. Maior satisfação das pessoas com o trabalho.

Através do 5S, os colaboradores são envolvidos na melhoria de tudo o que os rodeia e rodeia o seu trabalho, são convidados a usar sua criatividade e dar soluções, pessoais e em grupo, para pequenas melhorias, localizadas. Com isto, as pessoas começam a se sentir autorizadas a gerar mudanças, a gostar de realizar mudanças.

Assim, aplicado corretamente, o programa 5S tem se mostrado a ferramenta mais eficaz para criar nas pessoas um senso de "pertencimento" que dá origem à motivação para participar mais fundo e contribuir melhor em todas as atividades.

PDCA

O Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo de Deming, tem foco direto na melhoria contínua. Um ciclo de manutenção cujo objetivo é a previsibilidade dos resultados deve cumprir os padrões, atuando no resultado e nas causas dos desvios, quando indicado no procedimento operacional.

Um ciclo de melhorias deve obter competitividade para a empresa através da melhoria contínua dos resultados. As melhorias são conseguidas pela análise do processo e adoção de novo padrão.

Os 4 passos são os seguintes:

Plan (planejamento): estabelecer uma meta ou identificar o problema (o que impede o alcance da meta); analisar o fenômeno (analisar os dados relacionados ao problema); analisar o processo (descobrir as causas fundamentais dos problemas) e elaborar um plano de ação.

Do (execução): realizar, executar as atividades conforme o plano de ação.

Check (verificação): monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios.

Act (ação): Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios, eventualmente determinar e confeccionar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas.

As metas podem ser estabelecidas para Manter ou Melhorar desempenhos.


O ciclo PDCA é um ciclo seqüencial e contínuo. Ao chegar na letra A, o ciclo recomeça na letra P, criando um novo ciclo, e sempre recomeçando buscando a melhoria contínua.

As empresas procuram não apenas sobreviver no mercado, mas também, conquistar novas fatias e para isso é preciso desenvolver novos projetos. O “ciclo PDCA”, aplicado no método para o desenvolvimento de novos projetos, tem como objetivo elevar o desempenho a níveis inéditos, ou seja, um melhoramento contínuo como sinônimo de avaliação.

domingo, 12 de dezembro de 2010

BRIC e suas expectativas até 2050

BRIC é uma sigla que se refere aos países: Brasil, Rússia, Índia e China. Países esses, considerados economias em desenvolvimento, que vêm se destacando no cenário econômico mundial e são uma grande aposta para serem potências mundiais nas próximas décadas.

Territorialmente, os 4 países ocupam mais de 25% da área terrestre total e mais de 40% da população mundial. A primeira reunião oficial dos BRIC’s foi realizada em junho de 2009, na Rússia, e seguirá acontecendo uma vez por ano a partir dessa data.

Como agrupamento, o BRIC tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades.

A idéia dos BRICs foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O´Neil, em estudo de 2001. Segundo os estudos e projeções de O’Neil:


O Brasil é o país mais atraente entre as nações do grupo quanto à possibilidade de receber investimentos estrangeiros, pois foi elevado à posição de grau de investimento. Aspectos que contribuem para o crescimento econômico do país:

- grande produtor e exportador agropecuário, sendo sua produção de soja e de carne bovina suficiente para alimentar mais de 40% da população mundial.
- parque industrial diversificado;
- grandes reservas minerais, e com a descoberta da camada pré-sal será auto-suficiente em petróleo e possível exportador;
- apresenta um grande mercado consumidor.

O PIB do Brasil vai apresentar acréscimo de 150% até 2030 e chegará a US$ 2,4 trilhões, o que proporcionará ao país a quinta maior economia do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Índia e Japão.


A Rússia será a sexta maior economia do planeta em 2050. Os cálculos apontam que, em 2018, o PIB russo ultrapassará o italiano. Em 2024, será maior que o da França, e, nos anos de 2027 e 2028, a Rússia deixará para trás o Reino Unido e a Alemanha, respectivamente.

Entre os fatores que fortalecem a economia russa estão:


- apresenta grandes reservas de petróleo e gás natural;
- atualmente é o segundo maior produtor e exportador de petróleo do mundo;
- o país conta com a maior reserva de gás natural do planeta;
- apresenta um grande mercado consumidor.


A Índia começou a crescer economicamente em números significativos a partir de 1991 quando o governo do país realizou o processo de abertura econômica, fato que começou a atrair investimentos internacionais.


- possui profissionais qualificados em áreas tecnológicas, principalmente, de informática;
- o país conta hoje com um verdadeiro parque de indústrias de tecnologia, nacionais e estrangeiras.
- apresenta um grande mercado consumidor.


Conforme projeções, a Índia será o único país entre as potências emergentes a crescer acima dos 5% ao ano, a partir de 2030. Já a taxa de crescimento do PIB de Brasil, Rússia e China, a partir de 2030, começará a declinar, ficando na média de 3% ao ano.

A Índia, em 2050, será a terceira maior economia do planeta, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Porém, o país necessita solucionar algumas questões, como por exemplo, a deficiência em infraestrutura e agricultura, além da falta de mão de obra especializada.



Em 1997, a China abandonou o socialismo de mercado e deu início ao capitalismo. Desde então ocorreram várias privatizações dos meios de produção, atualmente 70% da economia chinesa é privada. O país cresceu, nos últimos anos, de 8% a 10,7% por ano, bem superior à média mundial, que é de 4%.

Entre os fatores responsáveis por esse fortalecimento econômico chinês estão:

- apresenta um vasto exército de operários;
- alto investimento em tecnologia e infraestrutura;
- possui vários investidores estrangeiros atuando no país;
- sistema de educação de alto nível, 99,8% dos jovens são alfabetizados;
- Apenas 10% da população vive abaixo da linha da pobreza.

Conforme projeções de O’Nill, em 2020 a taxa real de crescimento da economia chinesa deverá estar por volta de 5% ao ano, enquanto em 2040 este número será ainda menor, por volta de 3,5%. Mesmo assim, eles esperam que o país asiático ultrapasse os Estados Unidos em 2041.



Nada se pode garantir sobre o futuro dos BRICs, pois todos os países estão vulneráveis a conflitos internos, governos corruptos e revoluções populares, mas, se nada de anormal acontecer, é possível prever uma economia mundial apolar, na qual a idéia de "norte rico, sul pobre" poderia vir a inverter ou no mínimo não ter mais sentido.

Obviamente, há vários outros fatores que podem fazer essas previsões não vingarem. Afinal esses países têm problemas estruturais. No Brasil, falta infra-estrutura e há uma carga tributária elevada, além de uma educação geral precária. A China preocupa por causa do seu regime político ditatorial, da devastação ambiental e poluição elevadas e a taxa de nascimento pequena com o conseqüente envelhecimento da população nos próximos anos. A Índia sofre com uma organização social rígida e seus conseqüentes conflitos étnicos e a péssima infra-estrutura. À Rússia pesa um alto índice de criminalidade e corrupção e um baixo índice de natalidade.

Fora os BRIC, outros países são considerados potencialmente fortes e com um futuro promissor nos próximos anos. Entre eles estão, México, África do sul, Indonésia.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Preparando-se para o feedback

A maior dificuldade dos gerentes de linha é identificar o quadro do problema, por isso, consultores não devem se esforçar para desenvolver recomendações impecáveis, mas sim um quadro do problema claro, simples e explicativo.

Após fazer a coleta de dados e antes de dar o feedback é preciso fazer uma triagem para condensar os dados mais importantes a serem repassados para o cliente na reunião.

Algumas atitudes devem sem evitadas na hora de dar o feedback.

Não projete seus sentimentos aos clientes. Não deixe de apresentar argumentos só porque você não gostaria de ouvi-los se estivesse na posição de gerente (como problemas na gerência, por exemplo)

Caso seus palpites sejam os mesmos do cliente é muito importante informá-lo disso.

Relate problemas de gestão mesmo que sejam dolorosas para o cliente.

O feedback deve ser apresentado em linguagem assertiva, ou sejam o consultor deve apresentar os fatos analisados de forma imparcial, sem julgamentos ou análises. Além disso também é aconselhável descrever de forma curta e simples.

Segundo Block, o consultor pode atuar como juiz, jurado, advogado de acusação, réu ou testemunha, sendo esse ultimo o preferível para um consultor atuar. As características de um consultor testemunha são apresentar os fatos de forma precisa sem julgamento.

Após expor na reunião de feedback os problemas que foram encontrados, o consultor deve dar apoio ao cliente para assumir a responsabilidade pelos problemas e agir em cima deles. Quanto mais resistente é o grupo, mais apoio eles precisam e é mais difícil de dar esse apoio.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Resumos de consultoria

Do diagnostico à descoberta (do problema) – Cap 10

Nesta fase da consultoria há uma tensão muito grande entre o cliente e o consultor. A principal causa é o fato dos clientes buscarem por uma solução imediata que melhorem os sintomas, quando em muitos casos é necessária uma mudança estrutural.

O consultor deve ter a habilidade de entender o cliente. Seu maior desafio é lidar com as dúvidas dos clientes. O diagnóstico é feito para mobilizar ação sobre tal problema. Ao partir para ação, deve-se simplificar o estudo e utilizar palavras de fácil compreensão. Sempre incluir o cliente nas tomadas de decisão e tentar se relacionar bem com o mesmo.

É aconselhável ao consultor fazer sua própria coleta de dados para identificar o problema já que o cliente pode errar ao fazer seu próprio diagnóstico. Deve se analisar também problemas pessoais e comportamentais e não só problemas técnicos.

Peter Block – Consultoria Cap10




Obtendo dados – Cap 11

Existem 5 modos de coletar dados:

Entrevista – individual ou em grupo
Questionário
Análise de documentos
Observação direta – Participação em reuniões

Primeiramente o consultor identifica o problema. Depois ele faz a coleta de dados para então filtrar os mais proveitosos, fazendo um resumo para, em seguida, analisá-los.

Após analisar os dados mais “promissores” é agendada uma reunião de feedback, onde será exposto ao cliente o problema e as recomendações para tal. O consultor toma a decisão junto ao cliente e a partir disso começa o processo de implementação.

O consultor antes de coletar os dados deve saber qual dimensão, ou seja, qual o rumo ou direção ele deverá encaminhar a pesquisa

A entrevista é o método de coleta mais usual. É aconselhável que se faça perguntas abertas evitando o “sim e não”. Caso haja resistência durante o processo de entrevista deve-se lidar do mesmo modo que as outras etapas.

Peter Block – Consultoria cap 11

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Lidando com a resistência

Durante o processo de consultoria é muito comum o surgimento de resistência por parte do cliente. Essa resistência é extremamente comum e não deve ser tomada como um “atrito” pessoal.

Não há modos de, verbalmente, dissuadir o cliente de sua resistência, uma vez que ela está ligada diretamente a sentimentos, e os sentimentos não podem ser alterados através da fala.

Diante disso, veremos formas de, ao invés de lutar contra a resistência, lidar com ela e deixar que ela se esvaia, que a “tempestade” passe e dê lugar a “calmaria”. Segundo Peter Block, existem 3 passos específicos para ligar com a resistência. São eles:

1 - Pegar as pistas

Você precisa fazer uma análise para descobrir o que está acontecendo, que rumo a resistência está tomando. Dê preferência a análises não-verbais.

2 - Dar nome à resistência

Após descobrir a resistência, fale de forma autêntica para o cliente incentivando-o a botar o sentimento para fora. É importante encontrar as palavras corretas.

3 - Ficar quieto

Você achou a resistência, colocou-a em palavras, está na hora de dar espaço para o cliente desabafar e encarar suas responsabilidades. Fique quieto e deixe-o falar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Plano de Negócios

Plano de negócios (Business Plan) é um documento com as especificações detalhadas de um empreendimento em fase de start-up, ou iniciação. O documento reúne informações de como o negócio deverá caminhar.

Como já foi bastante comentado nos outros posts e podemos ouvir com freqüência, o ambiente das organizações, tanto interno quanto externo está em mudança constante. Por esse motivo, é necessário que o Plano passe por constantes alterações a fim de se adaptar a estas mudanças e atender ao objetivo principal dos sócios: fazer o empreendimento dar certo.

O Plano também tem como função comunicar o conteúdo aos investimentos a fim de garimpar possíveis investidores de risco que possam investir no empreendimento.

Na sua essência, o Plano de Negócios é um documento que tem como função ajudar gestores e organizações a conduzir seus negócios e tem como objetivos principais:

- Testar a viabilidade de um projeto

- Orientar no desenvolvimento

- Transmitir credibilidade

- Atrair recursos financeiros

Pode-se observar que os objetivos estão interligados, dependendo um do outro para um Plano de Negócios bem sucedido. Bem sucedido! Boa observação, mas... como fazer para criar um Plano de Negócio bem sucedido?

Willian A. Sahlman, professor de administração em Harvard, fala no livro “On Entrepreneurship” que:

“Todo investidor experiente sabe que projeções financeiras detalhadas são um quimera. Ainda assim, a maioria dos planos de negócios dá ênfase demasiada aos números.” Um grande plano de negócios deve apresentar resposta para uma série de perguntas elaboradas, relacionadas a quatro fatores fundamentais: As pessoas, a oportunidade, o contexto e as possibilidades de riscos e recompensas.

Exemplos de perguntas a serem feitas:

Pessoas – O que elas conhecem? Quem elas conhecem? O quanto elas são conhecidas? Sem uma equipe certa, nenhum das outras partes realmente importa.

Oportunidade – O mercado para o produto ou serviço é grande ou está crescendo rápido? (De preferência as duas coisas).

Contexto - O setor é atraente do ponto de vista estrutural? Os empreendedores também devem deixar clara a forma que irão responder caso esse contexto venha a mudar.

Riscos e Recompensas – O que acontece se um concorrente reage com mais ferocidade do que o esperado? O que acontece se houver uma guerra no país produtor de matéria-prima? O que a administração poderá realmente fazer? Tendo essas perguntas em mente é possível diminuir os riscos.

Assim que um Plano de Negócios é preparado, o objetivo é fazer o negócio. Esse já é assunto pra outro post.

Nunca houve um momento na história em que a oferta de capital não superasse a oferta de oportunidades. A quantidade de negócios inovadores está decaindo, portanto, uma idéia exclusiva, aliada a um bom plano de negócios tem maior facilidade na obtenção de investidores.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Gestão de Pessoas na grandes empresas

A gestão de pessoas se tornou um grande desafio para as empresas nos últimos anos. As pessoas passaram a ser o diferencial, já que as tecnologias estão sendo cada vez mais copiadas e inovadas. Como resultado desse fato, vemos as grandes empresas brigando pelos talentos promissores, pelos funcionários mais capacitados, buscando sempre estar no topo da lista “as 100 melhores empresas para trabalhar”.

Nas grandes empresas, manter o princípio de valorização das pessoas é meta prioritária. A valorização das pessoas resulta num aumento de produtividade. “Pessoas realizadas têm desempenhos superiores”, explica Francisco Deppermann, diretor de RH da Gerdau.

Para isso, as gigantes do mercado estão buscando formas de recrutar e manter os maiores talentos para suas empresas. Empresas do mesmo ramo disputam esses talentos brilhantes buscando não só adquirir um profissional mais qualificado como também tirá-lo de seu concorrente, afetando assim a produtividade. Esses atos influenciam diretamente na infinita disputa de “market share

Para atrair e manter os melhores, as empresas estão buscando transformar o ambiente de trabalho no mais perfeito possível. Funcionários estão sendo tratados com verdadeiras regalias. É visto nas empresas desde programas de qualidade de vida, incentivando os funcionários a adotarem hábitos mais saudáveis e valorizarem a prevenção de doenças, até horas livres de descanso com direito a massagem, cochilo e exercícios agradáveis. Tudo isso para estar no topo daquela lista comentada no começo do texto.

Para se destacar e ser o alvo de busca das grandes empresas, os funcionários também precisam de muitos diferenciais. Hoje é exigido, além de capacidade técnica, que os colaboradores tenham hábitos saudáveis, pratiquem atividades físicas, tenha bom humor, interaja bem com a família, uma série de qualidades e ainda trabalhem 8h/dia. uffa! Podemos ver que ser um profissional diferenciado hoje em dia está cada vez mais difícil e é por isso que eles são recompensados com altos salários e benefícios, além da estabilidade garantida de forma indireta no mercado.

Atualmente, neste exato momento, empresas estão em guerra para atrair os melhores colaboradores de seus concorrentes. O Facebook, e a Google, principais concorrentes no setor de mídias sociais, estão em guerra para atrair os talentos um do outro. O criador do Gmail, foi seduzido pelas tentadoras ofertas do Facebook e migrou do Google.

Para os funcionários mais bem preparados, essa guerra entre empresas acarreta numa ótima chance de aumentos salariais e benefícios, à medida que aumentam seu passe.


Bem pessoal, esse foi meu primeiro artigo, espero que tenham gostado. Comentem, avaliem, critiquem.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Entenda o que aconteceu em 2008

Artigo explica como se deu o estouro da bolha imobiliária nos EUA em 2008.


A valorização dos imóveis de forma absurda no Brasil preocupa os economistas de uma possível bolha imobiliária brasileira.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Inovação


Se pensarmos nas empresas que admiramos, aquelas que se sobressaem mesmo em épocas de crise e crescem além da média do seu segmento, veremos que a inovação é prioridade para a sua maioria. São poucas as que conseguem se superar e gerar valor ou superar as crises e simplesmente sobreviver.” Flavio Ortuño



A inovação está se tornando, cada vez mais, um fator essencial para a diferenciação e ganhos de MarketShare (fatias de mercado), visto que o cenário se apresenta competitivo e globalizado. Essa inovação necessita ser buscada constantemente nas empresas, já que produtos novos estão sendo copiados rapidamente. Entretanto poucas empresas exercem algum tipo de iniciativa para colocá-la em prática.


A inovação não é algo fácil de se aplicar nas empresas. O ambiente favorável à inovação é essencial. Por isso, organizações precisam disseminar o conceito de inovação e incentivar, se preciso com prêmios, sugestões e idéias inovadoras.


Outro ponto a se destacar é a visão retrograda que muitas organizações têm em relação a inovação. Veêm a inovação como algo relacionado à pesquisas aprofundadas com altas tecnologias. Essa visão antiquada faz com que poucas empresas coloquem realmente a inovação em prática.


Uma maneira diferente de atender e desenvolver clientes, de novos métodos de negócios, de novos mercados, de novos modelos de negócios são exemplos de inovação. Assim sendo, inovar é gerar valor diferenciando-se dos concorrentes. Valor esse, que é gerado para todos os stakeholders. Clientes têm um produto diferente e inovador, funcionários, investidores que recebem um alto retorno em empresas com menor risco.


Por fim, vemos que inovação é uma ferramenta de alto valor para empresas de qualquer tipo e de qualquer segmento. Empresas inovadoras, além de agregar valor, têm maiores lucros, menores riscos e alta resistência a crises.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Do Crescimento Forçado à crise da Dívida Externa

Introdução

No início dos anos 70 ocorreram mudanças no âmbito internacional que afetaram de forma grave a economia brasileira. O acordo de estabilização da taxa de câmbio internacional foi rompido e o petróleo, que na época era a principal fonte de energia mundial, teve seu preço quadruplicado em 1973 pelos países membros da OPEP.

O Brasil, assim como a maior parte do mundo, reagiu de forma recessiva diante dessas mudanças.

A partir de 1974, o Brasil implementou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) que na época era uma obrigação constitucional que todo governo lançasse um PND. A partir desse período deu-se início ao período de recessão chamado Crise da Dívida Externa.


II Plano de Desenvolvimento Nacional (PND)

O rápido crescimento provocado pelo Milagre Econômico causou alguns desequilíbrios que viriam a gerar problemas inflacionários e na balança comercial.

Ernesto Geisel havia assumido a presidência e necessitava de uma maior taxa de investimento do que o governo anterior para manter as taxas de crescimento. Nesse contexto as opções de crescimento eram: AJUSTAMENTO e FINANCIAMENTO.

O Ajustamento buscava frear a demanda interna e evitar que o choque externo se transformasse em inflação.

O Investimento matinha o crescimento elevado enquanto houvesse financiamento externo.

Em 1974 o ministro Mario Henrique Simonsen optou pela opção de ajustamento, que não pode ser levada adiante por conta da quebra do banco Halles. Então, no fim de 1974, o II PND traçou uma estratégia de financiamento, porém, promovendo um ajuste na estrutura de oferta de longo prazo, mantendo assim a economia funcionando em ritmo de marcha forçada.

Deste modo, buscou-se alterar a estrutura produtiva brasileira, na tentativa de, ao longo prazo, diminuir as importações e aumentar as exportações. Para isso, era necessário financiamento por meio de empréstimos externos.

O II PND tinha como meta aumentar o PIB em 10% a.a. e a indústria em 12% a.a. A meta não foi alcançada, porém, manteve-se o crescimento em um nível mais baixo.

Apesar das taxas de crescimento terem sido menores, ocorreram mudanças estruturais na economia como, por exemplo, o crescimento significativo dos setores industrial (35%), metalúrgico (45%), de material elétrico (49%), de papel e papelão (50%) e químico (48%), além do setor têxtil (26%), de alimentos (18%) e de material de transportes (28%).

No período do Milagre Econômico visava-se um crescimento do setor de bens e consumo. O Plano mudou as prioridades direcionando o crescimento para o setor produtor de meios de produção, tendo como objetivo gerar demanda e assim estimular o setor privado a investir no setor de bens de capital. Além de garantir a demanda, foram dados incentivos fiscais ao setor privado.

Havia dois problemas centrais na execução do Plano: o apoio político e os financiamentos. Em relação a questão do apoio político foi trabalhada a descentralização espacial dos projetos de investimentos, onde o governo passou a investir nos estados menores, principalmente no Nordeste, criando grandes indústrias, metalúrgicas e petroquímicas.

Quanto ao problema de financiamentos, as empresas estatais foram financiadas com recursos externos, criando assim o processo de estatização da dívida externa. Já as empresas privadas foram financiadas por agências oficiais como o BNDES.


A HETERODOXIA DELFINIANA

O final da década de 70 foi um período de muitas transformações no âmbito econômico. Geisel saia da presidência para a entrada de Figueiredo; em 1979 ocorreu o segundo choque do petróleo e a elevação das taxas de juros internacionais, o que causou naquele ano um aumento na inflação, subindo para 77% a.a. com tendências aceleracionistas. Esses acontecimentos e a ameaça de uma profunda queda econômica resultaram na substituição do ministro do planejamento. Saia Simonsen e entrava Delfim Netto.

Delfim neto adotou como primeiras medidas:

- Controle sobre as taxas de juros

- Expansão dos créditos para agricultura

- Criação da Secretaria Especial das Empresas Estatais

- Maxidesvalorização do cruzeiro em 30%

- Correção monetária e cambial em 50% e 45%

Essas medidas resultaram numa aceleração inflacionária para 100% a.a., na ampliação da dívida externa e na retração do sistema financeiro.


A CRISE DA DÍVIDA EXTERNA

Em 1980, devido à maxidesvalorização cambial, o governo adotou uma política ortodoxa de ajustamento voluntário. O resultado permaneceu sendo o excesso de demanda interna.

O Brasil passou a implementar o processo de ajustamento externo, através da busca de superávits, processo que se aprofundou em 1982 sob tutela do FMI. Tal política tinha como objetivos:

- Conter a demanda excessiva da redução do déficit público, dos gastos e dos investimentos, o aumento da taxa de juros interna e a redução do salário real.

- Tornar a estrutura de preços favoráveis ao setor externo, incentivando à exportação e a competitividade da indústria brasileira.

Os resultados da política foi uma profunda recessão em 81, 82 e 83. Porém no final de 1983, observou-se uma reversão no saldo da balança comercial, devido em parte a esta recessão que causou grande queda nas importações. Em 1984, manteve-se novamente o superávit, mesmo com a recuperação do produto, o que mostra o sucesso do II PND que ocasionou mudanças estruturais na economia.

O ajustamento da balança comercial trouxe consigo um problema. As obrigações da dívida externa não eram direcionadas igualmente entre os setores. Sendo assim, 80% da dívida eram do setor público por conta do processo de estatização da dívida externa. Esse é o problema interno do ajuste externo.

Para adquirir divisas, o governo começou um processo de transformação da dívida externa em dívida interna. Esse processo causou a queda do partido e impulsionou o movimento das “Diretas Já”. Foi nesse clima que terminou o Regime Militar e se iniciou a Nova República, com a esperança de fazer os ajustamentos, sem impor sacrifícios à população.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Administração Financeira - Revisão


Fórmulas

Custo de capital de terceiros
Kt = taxa do banco . (1 - IR/CSLL)

Custo médio ponderado de capital
CMePC = Kt . Wt + Kp . Wp

Grau de alavancagem financeira
GAF = RSPL / RSA

Valor Econômico Agregado
VEA – (RSPL – KP) . PL
VEA – (RSA – CMePC) . (Ativo – PñOnerosos)

Análises

Kp > RSPL – Atingiu a meta de ganho dos sócios

RSA > CMePC – O retorno gerado pelo Ativo é superior ao custo que a empresa teve para gerar esse ativo.

RSA > Kt – Favorável

RSA > RSPL – Desfavorável (GAF vai ser menor que 1 nesse caso)

GAF > 1 – Favorável

VEA > 1 – Agregou valor ou Superou as metas em ‘x $’

Lembretes

Empresas que pagam pelo SIMPLES ou que dão prejuízo, não pagam IR/CSLL

RSA = Lucro depois do IR/CSLL / ATIVO (cuidado pra não dividir pela receita)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O que é um Doutorado ou Ph.D

Matt Might, professor de Ciências da Computação na Universidade de Utah, explica o que é um Ph.D nesta apresentação gráfica que começa com um simples círculo.



Imagine um círculo que contém todo o conhecimento humano:


Quando você completa o ensino básico, você sabe um pouco:




Quando você completa o ensino médio, sabe um pouquinho mais:



Com uma graduação no ensino superior, você sabe um pouco mais e ganha uma especialização:



Um mestrado te aprofunda naquela especialização:



Ler e estudar teses te leva cada vez mais em direção ao limite do conhecimento humano naquela área:



Quando você chega lá, você se foca:



Você tenta ultrapassar os limites por alguns anos:



Até que um dia os limites cedem:



Este pequeno calombinho de conhecimento que ultrapassou os limites é chamado de doutorado (Ph.D.):



Agora, é claro, o seu foco no mundo é diferente:



Mas não esqueça da dimensão das coisas:



Matt Might é professor de Ciências da Computação na Universidade de Utah (EUA). Ele completou seu calombo na Georgia Tech em 2007 e agora ajuda seus próprios estudantes a completarem os seus. Ele twitta em @mattmight e tem um blog em blog.might.net.