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O Portal ADM é um blog direcionado à estudantes de administração, economia, gestão de pessoas, contabilidade e cursos afins. Tem como objetivo facilitar no entendimento e nos estudos sobre assuntos comuns trabalhados no ambiente acadêmico.

A estrutura do blog apresenta em seu conteúdo resumos, fotos, vídeos e oportunidades de estágios e concursos.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Num futuro próximo teremos um novo Gandhi que usará as mídias sociais como ferramenta principal de apoio


Mahatma Gandhi foi um advogado indiano que passou grande parte de sua vida lutando por direitos humanos e liberdade, defendendo sempre o Satyagraha, princípio da não agressão, ou seja, todas as suas lutas tinham o caráter pacífico, utilizando uma forma de protesto não violenta, como mobilizações, desobediência civil e greves de fome.

Como a maioria dos ativistas, Gandhi exercia um papel de agente conscientizador e influenciador da sociedade, difundindo seus conhecimentos, agaranhando seguidores e inspirando vários outros ativistas na luta pela democracia e contra o racismo.

O ativismo político normalmente busca uma mudança no cenário atual. Por conta da internet e da popularização das redes sociais, as pessoas estão tendo acesso a informações de maneira muito rápida e sem depender dos meios de comunicação convencionais (e suas visões tendenciosas) para isso. Essa interconexão entre as pessoas está facilitando que exerçam a cidadania sem necessitar aplicar uma grande quantidade de tempo para isso. Segundo o sociólogo francês Pierre Lévy, as pessoas estão mais aptas a compartilhar seus pensamentos e ideais nas redes online. Esses são os “cybercidadãos”.

No começo dessa década, diversas manifestações e protestos desencadearam-se no Oriente Médio e no norte da África. Esses movimentos ficaram conhecidos como “Primavera Árabe” e tiveram, em sua maioria, início nas redes sociais.

O que estamos vivenciando é uma mudança na forma de se envolver em movimentos ativistas, seja através de manifestações online (petições, apelos em páginas oficiais) e nas ruas (organizadas ainda nas redes sociais).

Esse cenário de facilidade no compartilhamento de informações está cada vez mais favorável para o desenvolvimento de um novo Gandhi, que enfrentará o poder imposto pelo estado buscando libertação, igualdade e respeito entre os povos. Quem sabe ainda poderemos ver, num futuro próximo, vários “novos Gandhis” criando uma nova geração de ativistas pacíficos engajados em suas causas em busca de interesses altruístas.



Einstein sobre Gandhi: "as gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra."


Marcelo Advíncula

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Comportamento do Consumidor

Para que o produto possa entrar e permanecer no mercado, mantendo um nível satisfatório de atendimento, é necessário conhecer as razões pelas quais os consumidores compram.

Os consumidores agem de diversas formas diante de uma situação de compra, influenciados por fatores internos e externos, direta ou indiretamente. Durante a escolha de qual produto adquirir, o consumidor é influenciado por uma serie de fatores. Essas influências são percebidas no ato da compra, principalmente quando se trata de um bem durável.





O processo de compra de um produto para uso próprio se divide em 5 fases e são elas:




Existe um desequilíbrio psicológico após a compra do produto, onde a pessoa irá procurar por elementos que justifiquem a decisão buscando informações e reforçando os pontos positivos e descartando os negativos. Esta é a fase do “pós compra“.

O desequilíbrio será maior de acordo com o grau de importância financeira e psíquica e também com a quantidade de alternativas existentes. Quanto maior o número, maior o desequilíbrio e a ansiedade.

Como podemos observar, os consumidores passam por várias etapas até chegar a uma decisão. Sabendo disso, o profissional de marketing deve agir em cada um desses processos, estimulando a compra.

Casa tipo de produto gera uma tomada de decisão diferente. Existem 3 principais tipos de tomada de decisão:

- Rotineira - São produtos que não exigem muito envolvimento. Geralmente são produtos de conveniência e supérfluos. O preço, ou algumas ofertas podem ser a condição principal de compra. Ex.: Gasolina, leite, pão.

- Limitada - Normalmente é feita uma busca de informações e comparação entre produtos para que se chegue a uma decisão. Ex.: Roupas, artigos esportivos.

- Extensiva - Há um alto grau de envolvimento. Normalmente são produtos com preço elevado. Para que se chegue a uma decisão gasta-se muito tempo e esforço. É o tipo que mais desencadeia o sentimento de desequilíbrio causado pela “pós-compra”. Ex.: Casa, carro, computador.


O consumidor, além de ser classificado como comprador, também pode ser classificado como: Iniciador (É aquele que manifesta inicialmente a intenção pelo produto), Influenciador, decisor, comprador e usuário.

Algumas vezes a pessoa assume todos esses papeis, outras vezes não. Um exemplo: Um filho que apresenta vontade de ter um brinquedo (iniciador) e é influenciado por um amigo. A mãe toma a decisão de comprar, o pai efetua o pagamento e o filho recebe o produto (usuário).


FATORES INTERNOS

Como vimos anteriormente, o primeiro fator que impulsiona um processo de compra é a necessidade. Na pirâmide de Maslow, ele apresenta as 5 necessidades básicas em ordem hierárquica. Entre as necessidades, as fisiológicas são as principais. Portanto, as necessidades que irão motivar a compra mais fortemente, seguem a mesma ordem hierárquica da pirâmide de Maslow.




Outro aspecto estudado é a aprendizagem dos consumidores. Normalmente, o consumidor realiza a compra para atender as suas necessidades. Quando um impulso é satisfeito ocorre um reforço positivo. No entanto, quando o impulso não é satisfeito há um reforço negativo que faz com que o consumidor passe a evitar esse produto ou marca no futuro. Alguns chegam inclusive a generalizar a situação e evitar também produtos semelhantes. A generalização também ocorre de forma positiva, sendo o contrário da situação anterior. A aprendizagem ocorre através da tentativa e erro.

A percepção muda de acordo com o nível de conhecimento sobre o assunto tratado. Além do nível de conhecimento, a percepção varia de acordo com as necessidades. Uma pessoa que necessita de um produto irá perceber melhor as propagandas desse produto, consciente ou inconscientemente. Outro aspecto a ser considerado é a percepção subliminar. Consumidores desaprovam esse tipo de manipulação.

As atitudes são aprendidas no convívio dos consumidores com os grupos que freqüentam. As atitudes não tendem a mudar repentinamente. Por isso, requerem uma atenção especial caso se deseje mudá-las. As atitudes são identificadas através de pesquisas.

A personalidade é algo que não muda nos consumidores. Por isso, cabe aos profissionais de marketing direcionar as mensagens aos diferentes tipos de personalidades.


FATORES EXTERNOS

Além de serem influenciados por fatores psicológicos (internos), os consumidores também recebem influência do meio ambiente.

A família é um dos principais determinantes no comportamento das pessoas, e por isso passa a ser a principal fonte na determinação de hábitos e costumes. Os filhos podem comprar nos mesmos locais que os pais por costume. A família também pode agir como influenciador, decisor ou comprador.

A classe social afeta o indivíduo através de tendências ou modismos. Também limita, financeiramente, a capacidade de compra do indivíduo.

Os grupos de referência são uns dos principais influenciadores no processo de compra. Quanto mais um produto adquirido por uma pessoa for visível aos olhos dos outros, mais expressivo ele será. O grupo de referência primário é o de mais influência e é formado por familiares, vizinhos, amigos. Já o grupo secundário, formado por associados, profissionais e clubes, influenciam mais moderadamente. O consumidor pode adquirir um produto para ser aceito no grupo em que convive ou deseja participar.

A cultura também é um forte influenciador. Tanto que indivíduos de alguns países são caracterizados por estereótipos de comportamento.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Um horizonte de desenvolvimento para Pernambuco

Em palestra para a Amcham - Câmara Americana de Comércio, Francisco Cunha, sócio diretor da TGI, iniciou a palestra fazendo uma abordagem sobre economia mundial, apresentando o fato que mais impactou o mundo: a crise mundial de 2008. Junto à crise, ele apresentou a situação dos EUA e do mundo para essa próxima década, apresentando algumas tendências. Uma delas é a China, que vem superando outros países da Europa em questão de crescimento e é a grande aposta para ser um dos países mais desenvolvidos nos próximos anos. Concluindo que, em suas palavras, “com a economia asiática bombando e as economias emergentes crescendo acima das desenvolvidas, caso haja alguma descontinuidade no crescimento da China o mundo sofrerá os efeitos, principalmente o Brasil”.

Após abordar a economia mundial, Francisco apresentou a situação do Brasil, mostrando que tem o maior crescimento desde 1980, e que o PIB tem crescido progressivamente. Foi mostrado que o crescimento do PIB deve-se ao crescimento do consumo das famílias brasileiras, graça aos programas sociais feitos no Governo Lula. Seguido do crescimento da economia e do PIB, houve a diminuição número de pobres, que caiu em 20 milhões desde 2003. Também houve a diminuição do desemprego de 12,5% para 7,1%. Esses fatos fizeram com que houvesse uma redefinição das classes sociais no Brasil, causando ascensão de milhões de pessoas.

Além da redefinição das classes, Francisco também apresentou um estudo demográfico, sinalizando uma mudança na pirâmide etária, que irá se inverter em algumas décadas. Hoje, dois terços da população estão localizadas na faixa etária produtiva, o que permite fortes condições de desenvolvimento nos próximos anos.

Contrário a esse forte ambiente de desenvolvimento, foram apresentados alguns fatores externos e internos que dificultam o crescimento. Entre os fatores externos estão o tempo e a dificuldade da recuperação da economia norte americana e européia, o desenvolvimento da China que impacta outros países, inclusive o Brasil e fatores internos como desequilíbrio fiscal, juros altos, tributos confusos e altos, baixa taxa de poupança e a falta de estudo e mão de obra qualificada. Para apresentar essas dificuldades Francisco apresentou ilustrações e gráficos com exemplos práticos.

Para finalizar a análise do Brasil, foram apresentados os desafios para o novo governo com a presidente Dilma, que se resumiu basicamente em superar o ambiente mundial adverso dos próximos anos, trabalhar nos juros, na taxa de câmbio, e nos gastos públicos, manter as metas de inflação baixas, fazer ajustes fiscais e manter o câmbio flutuante, e por último mas não menos importante, aumentar a competitividade brasileira trabalhando na educação, nos tributos e na infra-estrutura. Concluiu assim que o Brasil tem excelentes chances de crescer e se tornar a quinta maior economia do planeta, caso a China não venha a, em suas palavras, destrambelhar.

Sobre o Nordeste, Francisco elogiou o Bolsa Família, que elevou o consumo das famílias nordestinas e fez com que a região se tornasse líder de crescimento de vendas do varejo, atraindo investimentos grandiosos para a região nos setores distribuidores e produtores de alimentos, bebidas, calçados, confecções, bens duráveis de consumo, dentre outros. Encerrou dessa forma: “O Nordeste tem potencial para crescer ainda pelos próximos anos acima da média nacional. Todavia, para que este crescimento seja sustentado será necessário que os próximos governos federais tenham políticas de desenvolvimento regional explícitas e eficazes.”

Entrando no tópico Pernambuco, Francisco comentou sobre a chance que o Estado está tendo. A melhor oportunidade dos últimos 50 anos e da próxima geração, apesar da crise internacional. Apresentou a evolução da indústria e do PIB pernambucano, fazendo comparações com o país no geral. Resultado, Pernambuco cresce mais que o Brasil e que o Nordeste. Esse crescimento deve-se a diversos investimentos que estão sendo feitos no Estado, entre eles a Ferrovia Transnordestina, Transposição do Rio São Francisco, Polo Naval e Petroquímico, Refinaria Abreu e Lima, e a montadora FIAT, entre outros. Esses investimentos somam uma quantia de 50 bilhões. Com essa expansão a caminho, Pernambuco terá um crescimento no PIB para uma média de, no mínimo, 5% nos próximos 20 anos, triplicando o tamanho da economia estadual.

Segundo Francisco, um dos impulsionadores de Pernambuco será o Porto de SUAPE, que está no meio de um triângulo traçado entre o Golfo do México, África Ocidental, e Bacia de Santos, uns dos principais pontos de petróleo mundiais. SUAPE proporcionará ao estado uma maravilhosa logística.

Porém, como todo desenvolvimento tem seus desafios, Pernambuco precisará enfrentar a escassez de mão-de-obra especializada, a sobrecarga na infraestrutura, o aquecimento global, a concentração na economia do petróleo e a economia concentrada na zona metropolitana (75%).

Para que Pernambuco enfrente esses desafios e cresça com força total, é preciso atuação do empresariado, modernizando a gestão para competir com concorrentes capacitados; atuação pública, modernizando a gestão para que os recursos sejam espacialmente distribuídos no Estado; e atuação profissional, capacitando-se para o aumento das exigências dos padrões de prestação de serviços.

Como foi apresentado que 75% da economia esta concentrada na zona metropolitana, Francisco analisou ainda que Recife e Olinda precisam de dedicação pública e competente para se prepararem para a copa de 2014 e reafirmar seu potencial de patrimônio da humanidade.


http://www.amcham.com.br/

terça-feira, 1 de março de 2011

Curva ABC

A Curva ABC, também chamada de 80-20, é um método de classificação de itens ou informações, onde se separam os itens de maior importância ou impacto, dos itens de menor importância ou impacto.

Trata-se de uma análise estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, que afirma que, para muitos fenômenos, 80% das conseqüências advêm de 20% das causas.

Numa organização, a Curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades, programação de produção, etc.

Na Curva ABC os produtos, ou informações, são classificados normalmente da seguinte forma:

Classe A: Produtos de maior valor e menor quantidade (20%).

Classe B: Produtos de valor médio e menor quantidade (30%).

Classe C: Produtos de menor valor e maior quantidade (50%).

A análise destes parâmetros facilita o controle de estoque, cuja decisão do de compra pode basear-se nos resultados obtidos pela curva ABC. Os itens considerados de Classe A merecem maior atenção.

Assim, a utilização desta técnica otimiza a aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitando desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade.

Então, pra que serve a Curva ABC?

De forma bem objetiva, ela permite identificar aqueles itens que merecem tratamento adequado quanto à sua administração. Os itens da classe A são os mais importantes e devem, por isso, ser tratados com uma atenção especial pela administração. Os itens da classe C são menos importantes e assim, justificam pouca atenção por parte da administração e, B é uma classe intermediária entre A e C. (É importante ressaltar que um item de classe C, pode, apesar de sua pouca importância gerencial, parar uma linha de produção.)

A Curva ABC determina o valor dos materiais, porém, não analisa profundamente o grau de importância ou criticidade. Para essa analise, utiliza-se a curva XYZ.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eike Batista: "Meu grande investimento foi educação"

Eike Batista fala sobre como começou seus empreendimentos, tornando-se milionário aos 22 anos e garante, "A minha fortuna vem da minha educação"

[Vídeo]


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Gestão da Qualidade Total


A Gestão da Qualidade, inicialmente, estava associada à satisfação do cliente, pelo fato dessa ser a “avaliação” do produto final (ou serviço). Com o passar do tempo foi visto que para atingir a qualidade, as organizações precisam direcionar seus planejamentos estratégicos ao ambiente de mercado atual.

Trata-se de uma estratégia de administração, com o objetivo de buscar a qualidade em todos os processos organizacionais. Uma vez que ela procura atingir inclusive seus stakeholders, ela é abordada como Gestão da Qualidade Total.

A primeira empresa a adotar o conceito de “TQM” foi a Toyota. Hoje é utilizado em empresas de todos os portes e segmentos, com objetivos principais de reduzir custos, satisfazer os clientes e aumentar produtividade. Para implementar tal política, é necessária uma reavaliação periódica.

O motivo de implementar tal estratégia é a busca pela sobrevivência no mercado competitivo. A melhor forma de assegurar a sobrevivência é, de fato, por meio da qualidade. Não da qualidade relacionada à ausência de defeitos, mas sim da forma como conduzir a cultura organizacional fazendo com que todas as transações sejam perfeitamente entendidas e corretamente realizadas e onde os relacionamentos entre funcionários, fornecedores e clientes são bem-sucedidos.


Existem 10 princípios que devem ser obedecidos na aplicação da Qualidade Total. São eles:

1. Total satisfação dos clientes
2. Desenvolvimento de recursos humanos
3. Constância de propósitos
4. Gerência participativa
5. Aperfeiçoamento contínuo
6. Garantia da qualidade
7. Delegação
8. Não aceitação de erros
9. Gerência de processos
10. Disseminação de informações


Para aplicar esses princípios na empresa, na tentativa de obter a Qualidade Total, as organizações utilizam ferramentas de planejamento e aplicação que buscam melhorias contínuas e eliminação de erros. Entre essas ferramentas se destacam:


5S

Os propósitos da metodologia 5S são de melhorar a eficiência através da destinação adequada de materiais (separar o que é necessário do desnecessário), organização, limpeza e identificação de materiais e espaços e a manutenção e melhoria do próprio 5S.

Os 5S são, originalmente, palavras em japonês. Por isso, na tradução colocá-se “Senso de...” para não alterar a sigla 5S. São estas palavras:


Seiri (整理): Senso de utilização. Refere-se à prática de verificar todas as ferramentas, materiais, etc. na área de trabalho e manter somente os itens essenciais para o trabalho que está sendo realizado. Tudo o mais é guardado ou descartado. Este processo conduz a uma diminuição dos obstáculos à produtividade do trabalho.

Seiton (整頓): Senso de ordenação. Enfoca a necessidade de um espaço organizado. A organização, neste sentido, refere-se à disposição das ferramentas e equipamentos em uma ordem que permita o fluxo do trabalho. Ferramentas e equipamentos deverão ser deixados nos lugares onde serão posteriormente usados. O processo deve ser feito de forma a eliminar os movimentos desnecessários.

Seisō (清掃): Senso de limpeza. Designa a necessidade de manter o mais limpo possível o espaço de trabalho. A limpeza, nas empresas japonesas, é uma atividade diária. Ao fim de cada dia de trabalho, o ambiente é limpo e tudo é recolocado em seus lugares, tornando fácil saber o que vai aonde, e saber onde está aquilo o que é essencial. O foco deste procedimento é lembrar que a limpeza deve ser parte do trabalho diário, e não uma mera atividade ocasional quando os objetos estão muito desordenados.

Seiketsu (清潔): Senso de normalização. Criar normas e sistemáticas em que todos devem cumprir. Tudo deve ser devidamente documentado. A gestão visual é fundamental para fácil entendimento de cada norma.

Shitsuke OU Shuukan ()(習慣): Senso de autodisciplina ou hábito,costume. Refere-se à manutenção e revisão dos padrões. Uma vez que os 4 Ss anteriores tenham sido estabelecidos, transformam-se numa nova maneira de trabalhar, não permitindo um regresso às antigas práticas. Entretanto, quando surge uma nova melhoria, ou uma nova ferramenta de trabalho, ou a decisão de implantação de novas práticas, pode ser aconselhável a revisão dos quatro princípios anteriores.

Os principais benefícios da metodologia 5S são:

1. Maior produtividade pela redução da perda de tempo procurando por objetos. Só ficam no ambiente os objetos necessários e ao alcance da mão.
2. Redução de despesas e melhor aproveitamento de materiais. O acúmulo excessivo de materiais tende à degeneração.
3. Melhoria da qualidade de produtos e serviços
4. Menos acidentes do trabalho.
5. Maior satisfação das pessoas com o trabalho.

Através do 5S, os colaboradores são envolvidos na melhoria de tudo o que os rodeia e rodeia o seu trabalho, são convidados a usar sua criatividade e dar soluções, pessoais e em grupo, para pequenas melhorias, localizadas. Com isto, as pessoas começam a se sentir autorizadas a gerar mudanças, a gostar de realizar mudanças.

Assim, aplicado corretamente, o programa 5S tem se mostrado a ferramenta mais eficaz para criar nas pessoas um senso de "pertencimento" que dá origem à motivação para participar mais fundo e contribuir melhor em todas as atividades.

PDCA

O Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo de Deming, tem foco direto na melhoria contínua. Um ciclo de manutenção cujo objetivo é a previsibilidade dos resultados deve cumprir os padrões, atuando no resultado e nas causas dos desvios, quando indicado no procedimento operacional.

Um ciclo de melhorias deve obter competitividade para a empresa através da melhoria contínua dos resultados. As melhorias são conseguidas pela análise do processo e adoção de novo padrão.

Os 4 passos são os seguintes:

Plan (planejamento): estabelecer uma meta ou identificar o problema (o que impede o alcance da meta); analisar o fenômeno (analisar os dados relacionados ao problema); analisar o processo (descobrir as causas fundamentais dos problemas) e elaborar um plano de ação.

Do (execução): realizar, executar as atividades conforme o plano de ação.

Check (verificação): monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios.

Act (ação): Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios, eventualmente determinar e confeccionar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas.

As metas podem ser estabelecidas para Manter ou Melhorar desempenhos.


O ciclo PDCA é um ciclo seqüencial e contínuo. Ao chegar na letra A, o ciclo recomeça na letra P, criando um novo ciclo, e sempre recomeçando buscando a melhoria contínua.

As empresas procuram não apenas sobreviver no mercado, mas também, conquistar novas fatias e para isso é preciso desenvolver novos projetos. O “ciclo PDCA”, aplicado no método para o desenvolvimento de novos projetos, tem como objetivo elevar o desempenho a níveis inéditos, ou seja, um melhoramento contínuo como sinônimo de avaliação.

domingo, 12 de dezembro de 2010

BRIC e suas expectativas até 2050

BRIC é uma sigla que se refere aos países: Brasil, Rússia, Índia e China. Países esses, considerados economias em desenvolvimento, que vêm se destacando no cenário econômico mundial e são uma grande aposta para serem potências mundiais nas próximas décadas.

Territorialmente, os 4 países ocupam mais de 25% da área terrestre total e mais de 40% da população mundial. A primeira reunião oficial dos BRIC’s foi realizada em junho de 2009, na Rússia, e seguirá acontecendo uma vez por ano a partir dessa data.

Como agrupamento, o BRIC tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades.

A idéia dos BRICs foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O´Neil, em estudo de 2001. Segundo os estudos e projeções de O’Neil:


O Brasil é o país mais atraente entre as nações do grupo quanto à possibilidade de receber investimentos estrangeiros, pois foi elevado à posição de grau de investimento. Aspectos que contribuem para o crescimento econômico do país:

- grande produtor e exportador agropecuário, sendo sua produção de soja e de carne bovina suficiente para alimentar mais de 40% da população mundial.
- parque industrial diversificado;
- grandes reservas minerais, e com a descoberta da camada pré-sal será auto-suficiente em petróleo e possível exportador;
- apresenta um grande mercado consumidor.

O PIB do Brasil vai apresentar acréscimo de 150% até 2030 e chegará a US$ 2,4 trilhões, o que proporcionará ao país a quinta maior economia do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Índia e Japão.


A Rússia será a sexta maior economia do planeta em 2050. Os cálculos apontam que, em 2018, o PIB russo ultrapassará o italiano. Em 2024, será maior que o da França, e, nos anos de 2027 e 2028, a Rússia deixará para trás o Reino Unido e a Alemanha, respectivamente.

Entre os fatores que fortalecem a economia russa estão:


- apresenta grandes reservas de petróleo e gás natural;
- atualmente é o segundo maior produtor e exportador de petróleo do mundo;
- o país conta com a maior reserva de gás natural do planeta;
- apresenta um grande mercado consumidor.


A Índia começou a crescer economicamente em números significativos a partir de 1991 quando o governo do país realizou o processo de abertura econômica, fato que começou a atrair investimentos internacionais.


- possui profissionais qualificados em áreas tecnológicas, principalmente, de informática;
- o país conta hoje com um verdadeiro parque de indústrias de tecnologia, nacionais e estrangeiras.
- apresenta um grande mercado consumidor.


Conforme projeções, a Índia será o único país entre as potências emergentes a crescer acima dos 5% ao ano, a partir de 2030. Já a taxa de crescimento do PIB de Brasil, Rússia e China, a partir de 2030, começará a declinar, ficando na média de 3% ao ano.

A Índia, em 2050, será a terceira maior economia do planeta, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Porém, o país necessita solucionar algumas questões, como por exemplo, a deficiência em infraestrutura e agricultura, além da falta de mão de obra especializada.



Em 1997, a China abandonou o socialismo de mercado e deu início ao capitalismo. Desde então ocorreram várias privatizações dos meios de produção, atualmente 70% da economia chinesa é privada. O país cresceu, nos últimos anos, de 8% a 10,7% por ano, bem superior à média mundial, que é de 4%.

Entre os fatores responsáveis por esse fortalecimento econômico chinês estão:

- apresenta um vasto exército de operários;
- alto investimento em tecnologia e infraestrutura;
- possui vários investidores estrangeiros atuando no país;
- sistema de educação de alto nível, 99,8% dos jovens são alfabetizados;
- Apenas 10% da população vive abaixo da linha da pobreza.

Conforme projeções de O’Nill, em 2020 a taxa real de crescimento da economia chinesa deverá estar por volta de 5% ao ano, enquanto em 2040 este número será ainda menor, por volta de 3,5%. Mesmo assim, eles esperam que o país asiático ultrapasse os Estados Unidos em 2041.



Nada se pode garantir sobre o futuro dos BRICs, pois todos os países estão vulneráveis a conflitos internos, governos corruptos e revoluções populares, mas, se nada de anormal acontecer, é possível prever uma economia mundial apolar, na qual a idéia de "norte rico, sul pobre" poderia vir a inverter ou no mínimo não ter mais sentido.

Obviamente, há vários outros fatores que podem fazer essas previsões não vingarem. Afinal esses países têm problemas estruturais. No Brasil, falta infra-estrutura e há uma carga tributária elevada, além de uma educação geral precária. A China preocupa por causa do seu regime político ditatorial, da devastação ambiental e poluição elevadas e a taxa de nascimento pequena com o conseqüente envelhecimento da população nos próximos anos. A Índia sofre com uma organização social rígida e seus conseqüentes conflitos étnicos e a péssima infra-estrutura. À Rússia pesa um alto índice de criminalidade e corrupção e um baixo índice de natalidade.

Fora os BRIC, outros países são considerados potencialmente fortes e com um futuro promissor nos próximos anos. Entre eles estão, México, África do sul, Indonésia.