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quinta-feira, 10 de março de 2011

Um horizonte de desenvolvimento para Pernambuco

Em palestra para a Amcham - Câmara Americana de Comércio, Francisco Cunha, sócio diretor da TGI, iniciou a palestra fazendo uma abordagem sobre economia mundial, apresentando o fato que mais impactou o mundo: a crise mundial de 2008. Junto à crise, ele apresentou a situação dos EUA e do mundo para essa próxima década, apresentando algumas tendências. Uma delas é a China, que vem superando outros países da Europa em questão de crescimento e é a grande aposta para ser um dos países mais desenvolvidos nos próximos anos. Concluindo que, em suas palavras, “com a economia asiática bombando e as economias emergentes crescendo acima das desenvolvidas, caso haja alguma descontinuidade no crescimento da China o mundo sofrerá os efeitos, principalmente o Brasil”.

Após abordar a economia mundial, Francisco apresentou a situação do Brasil, mostrando que tem o maior crescimento desde 1980, e que o PIB tem crescido progressivamente. Foi mostrado que o crescimento do PIB deve-se ao crescimento do consumo das famílias brasileiras, graça aos programas sociais feitos no Governo Lula. Seguido do crescimento da economia e do PIB, houve a diminuição número de pobres, que caiu em 20 milhões desde 2003. Também houve a diminuição do desemprego de 12,5% para 7,1%. Esses fatos fizeram com que houvesse uma redefinição das classes sociais no Brasil, causando ascensão de milhões de pessoas.

Além da redefinição das classes, Francisco também apresentou um estudo demográfico, sinalizando uma mudança na pirâmide etária, que irá se inverter em algumas décadas. Hoje, dois terços da população estão localizadas na faixa etária produtiva, o que permite fortes condições de desenvolvimento nos próximos anos.

Contrário a esse forte ambiente de desenvolvimento, foram apresentados alguns fatores externos e internos que dificultam o crescimento. Entre os fatores externos estão o tempo e a dificuldade da recuperação da economia norte americana e européia, o desenvolvimento da China que impacta outros países, inclusive o Brasil e fatores internos como desequilíbrio fiscal, juros altos, tributos confusos e altos, baixa taxa de poupança e a falta de estudo e mão de obra qualificada. Para apresentar essas dificuldades Francisco apresentou ilustrações e gráficos com exemplos práticos.

Para finalizar a análise do Brasil, foram apresentados os desafios para o novo governo com a presidente Dilma, que se resumiu basicamente em superar o ambiente mundial adverso dos próximos anos, trabalhar nos juros, na taxa de câmbio, e nos gastos públicos, manter as metas de inflação baixas, fazer ajustes fiscais e manter o câmbio flutuante, e por último mas não menos importante, aumentar a competitividade brasileira trabalhando na educação, nos tributos e na infra-estrutura. Concluiu assim que o Brasil tem excelentes chances de crescer e se tornar a quinta maior economia do planeta, caso a China não venha a, em suas palavras, destrambelhar.

Sobre o Nordeste, Francisco elogiou o Bolsa Família, que elevou o consumo das famílias nordestinas e fez com que a região se tornasse líder de crescimento de vendas do varejo, atraindo investimentos grandiosos para a região nos setores distribuidores e produtores de alimentos, bebidas, calçados, confecções, bens duráveis de consumo, dentre outros. Encerrou dessa forma: “O Nordeste tem potencial para crescer ainda pelos próximos anos acima da média nacional. Todavia, para que este crescimento seja sustentado será necessário que os próximos governos federais tenham políticas de desenvolvimento regional explícitas e eficazes.”

Entrando no tópico Pernambuco, Francisco comentou sobre a chance que o Estado está tendo. A melhor oportunidade dos últimos 50 anos e da próxima geração, apesar da crise internacional. Apresentou a evolução da indústria e do PIB pernambucano, fazendo comparações com o país no geral. Resultado, Pernambuco cresce mais que o Brasil e que o Nordeste. Esse crescimento deve-se a diversos investimentos que estão sendo feitos no Estado, entre eles a Ferrovia Transnordestina, Transposição do Rio São Francisco, Polo Naval e Petroquímico, Refinaria Abreu e Lima, e a montadora FIAT, entre outros. Esses investimentos somam uma quantia de 50 bilhões. Com essa expansão a caminho, Pernambuco terá um crescimento no PIB para uma média de, no mínimo, 5% nos próximos 20 anos, triplicando o tamanho da economia estadual.

Segundo Francisco, um dos impulsionadores de Pernambuco será o Porto de SUAPE, que está no meio de um triângulo traçado entre o Golfo do México, África Ocidental, e Bacia de Santos, uns dos principais pontos de petróleo mundiais. SUAPE proporcionará ao estado uma maravilhosa logística.

Porém, como todo desenvolvimento tem seus desafios, Pernambuco precisará enfrentar a escassez de mão-de-obra especializada, a sobrecarga na infraestrutura, o aquecimento global, a concentração na economia do petróleo e a economia concentrada na zona metropolitana (75%).

Para que Pernambuco enfrente esses desafios e cresça com força total, é preciso atuação do empresariado, modernizando a gestão para competir com concorrentes capacitados; atuação pública, modernizando a gestão para que os recursos sejam espacialmente distribuídos no Estado; e atuação profissional, capacitando-se para o aumento das exigências dos padrões de prestação de serviços.

Como foi apresentado que 75% da economia esta concentrada na zona metropolitana, Francisco analisou ainda que Recife e Olinda precisam de dedicação pública e competente para se prepararem para a copa de 2014 e reafirmar seu potencial de patrimônio da humanidade.


http://www.amcham.com.br/

terça-feira, 1 de março de 2011

Curva ABC

A Curva ABC, também chamada de 80-20, é um método de classificação de itens ou informações, onde se separam os itens de maior importância ou impacto, dos itens de menor importância ou impacto.

Trata-se de uma análise estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, que afirma que, para muitos fenômenos, 80% das conseqüências advêm de 20% das causas.

Numa organização, a Curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades, programação de produção, etc.

Na Curva ABC os produtos, ou informações, são classificados normalmente da seguinte forma:

Classe A: Produtos de maior valor e menor quantidade (20%).

Classe B: Produtos de valor médio e menor quantidade (30%).

Classe C: Produtos de menor valor e maior quantidade (50%).

A análise destes parâmetros facilita o controle de estoque, cuja decisão do de compra pode basear-se nos resultados obtidos pela curva ABC. Os itens considerados de Classe A merecem maior atenção.

Assim, a utilização desta técnica otimiza a aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitando desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade.

Então, pra que serve a Curva ABC?

De forma bem objetiva, ela permite identificar aqueles itens que merecem tratamento adequado quanto à sua administração. Os itens da classe A são os mais importantes e devem, por isso, ser tratados com uma atenção especial pela administração. Os itens da classe C são menos importantes e assim, justificam pouca atenção por parte da administração e, B é uma classe intermediária entre A e C. (É importante ressaltar que um item de classe C, pode, apesar de sua pouca importância gerencial, parar uma linha de produção.)

A Curva ABC determina o valor dos materiais, porém, não analisa profundamente o grau de importância ou criticidade. Para essa analise, utiliza-se a curva XYZ.