segunda-feira, 3 de maio de 2010

Lobby é palavrão?

Lobby em inglês significa “salão”. Na linguagem de política/empresarial lobby quer dizer “grupo organizado de interesse e pressão”. A origem da palavra advém do fato de que muitos ingleses se aglomeravam no saguão (lobby) do parlamento no séc. XVII para aguardar, pressionar e fiscalizar as votações das questões que lhes interessavam. Assim, podemos dizer que sindicalistas, empresários, estudantes são lobistas quando pressionam o congresso em busca de seus interesses.

As empresas, assim como as pessoas, possuem interesses legítimos que devem ser defendidos. Esses Interesses devem ser informados à sociedade de forma detalhada. Aí entra a comunicação empresarial, que deve mostrar à sociedade e aos formadores de opinião a pressão exercida de forma ética e transparente.

Na época de Collor e PC Farias o lobby apareceu de forma sinistra, acusado de construir obras superfaturadas, às vezes fictícias, movimentando milhões em forma de propina, envolvendo, inclusive, casos de assassinato. Porém, o lobby neste caso, foi confundido por empreiteiras e empresários com pura corrupção. Por causa dessas confusões o lobby, em nosso país, se transformou em sinônimo de atividade perigosa, promíscua e desonesta.

O lobby ilegal é uma atividade que envolve muito dinheiro transformado em propinas. Porém, o lobby dentro das regras éticas é legitimo e necessário, tornando importante a comunicação das empresas com os governos, os políticos e os formadores de opinião. O Brasil de hoje, possui vários partidos políticos, o que envolve interesses conflitantes. Esses interesses conflitantes manifestam-se não só entre os partidos políticos, mas também, no meio empresarial.

Com tantos interesses diferentes, a quem o governo atende? Como essas pressões devem ser informadas a sociedade? Como as empresas e entidades devem pressionar? Todas essas perguntas cabem à boa comunicação empresarial responder.

A sociedade e os formadores de opinião ao são contra a comunicação da empresa com governos e políticos. O que eles exigem das empresas e das suas representações é que essas ações de comunicação empresarial sejam feitas dentro da lei, da moral e da ética. Fora disso, o lobby vai continuar sendo palavrão.

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